Poesias


A PORTA
O ritmo do silêncio é descompassado
As lembranças estão espalhadas por toda parte
Ficou a marca do seu orgulho na porta
Pensei até em lhe chamar de volta
Mas percebi que já era tarde.
Covarde! Pensei meio embaraçado
Correr para onde? Você calada já ia longe...
Eu fiquei ali parado e não sabia
Se chorar aliviaria, o que sentia no peito.
Qualquer jeito que eu desse, nada mudaria
Então ali fiquei, sem jeito e com todos os defeitos
Que uma separação causa. Fiquei ali, naquela pausa
Na revolta, olhando aquela porta, quem sabe ver de volta
Quem sabe ver você sorrir para mim
Quimeras! Já era o fim...
Os potes dos sonhos estão vazios
As esperanças foram partidas e na sua ida
Você levou o que eu tinha de melhor.
E pior, espalhadas estão ainda as fotos suas
Nuas lembranças do seu sorriso
Imagens do seu olhar lindo no paraíso
Retratos da vida que construímos juntos.
Injusto fato. Luto. No retrato da vida que absurdo!
Quando olho ainda mais atento
O vento que bate a minha porta
Denota o que existe agora, assim:
Cenas do dia em que você foi embora
Quando ignorou quem chora,
Dia que não teve pena de mim....

Rosangela carvalho
30/10/2009 ás 2:45 da madrugada

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